segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Um artista com várias facetas...

Durante toda minha vida sempre gostei de arte, notoriamente a música. Na minha adolescência, mesmo com toda aquela marra e arrogância peculiares à idade, somadas às recém-nascidas influências pós-80's, curtia Beatles, Byrds, The Mamas & Papas, Beach Boys, graças ao meu pai (que saudades deste amigo!).

Enquanto a maioria dos meus amigos piravam ao som de Guns 'n' Roses, eu bebia direto na fonte, com Led Zeppelin, Aerosmith, Thin Lizzy, Sabbath, Deep Purple. Depois, foram surgindo, simultanemanete, as rugas, os primeiros cabelos brancos e o gosto pela diversidade musical. Posso dizer que sou um razoável conhecedor de música, o suficiente para identificar um músico talentoso de um peba!

Ontem, eu e um seletíssimo grupo de amigos fomos brindados com uma destas pérolas musicais, um verdadeiro refresco despretensioso aos nossos ouvidos. Um som urbano, com dedilhado simples (e ao mesmo tempo de muito fino trato), bem paulistano, bem jogado, feliz sem ser piegas, crítico sem ser panfletário. Acima de tudo, honesto!

Dizem que os artistas não se contentam com um só tipo de arte. Tenho um exemplo em casa: minha esposa, Fernanda, está sempre em busca de algo novo para fazer, e vem se revelando, além de excelente decoradora de ambientes, educadora, articulista, uma excelente ceramista (mas, para ela dedicarei um post à parte...).

Há bem pouco tempo atrás, eu não conhecia o Cláudio Donato (nem sua adorável esposa e voz de ninfa, Débora). Nos tornamos colegas de meditação, aí descobrimos afinidades e estamos caminhando para uma longa e duradoura amizade.

Não imaginava que aquela figura pacata (confesso que às vezes até achava ele um tanto soturno, taciturno...espero que a amizade não acabe depois desta...) fosse uma espécie de avatar do artista tão visceral, tão moderno e urbano quanto suas obras deixam transparecer.

Vou me arriscar dizendo que o som dele me lembra muito Lenine, com levadas de um reggae brisado tipo Gilberto Gil, mais a sonoridade urbana, cosmopolita, de gente como Tom Zé, Arnaldo Antunes e até uma certa pitada de Premê. O cara vai além do banquinho e violão, podem apostar!


As minhas preferidas? "Paralelepípedo" e "Maya", mas achei a singela "Acorda Melanina" uma grande sacada, com um frescor bem estilo Jack Johnson, e um vocal de apoio bem estilo Rita Marley da grande partner de nosso artista, a Débora!

Se a carreira será tão promissora quanto a do artista plástico já consagrado, não ouso arriscar. Mas, ao menos para aquela pequena platéia que pode curtir esta avant premiere, não restou nenhuma dúvida. Vida longa ao Donato!

As músicas ainda são para poucos, mas, se quiser curtir um pouco da vasta carreira artística do cara, dê uma sapeada http://www.flickr.com/photos/claudiodonato

Paz!

Um comentário:

  1. Fazer novos e futuros duradouros amigos na metade dos 40 é um privilégio para poucos. Que esses amigos dividam ideais espirituais de paz, harmonia e uma vida honesta, é um presente. Agora receber a primeira crítica musical de maneira tão espontânea e honesta ultrapassa todas as expectativas desse aprendiz de músico que vos fala. Mostrar minhas primeiras músicas pra vocês só foi possível graças ao clima tão fraterno que nos acolheu, a mim e a Débora. Com o cuidado de não embargar esse comentário com lacrimoso texto paro por aqui ao dizer que inteligencia e sensiblidade caminham juntas em seu blog e na simpática PERCEPÇÃO! de sua companheira (que como voce disse, merece um post a parte em visita futura). OM SHANTI total e irrestrito e até breve maiBróda...

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