sexta-feira, 27 de novembro de 2009







Cada vez pior...

Há cerca de um ano atrás, por uma destas bizarrices corporativas, tive a oportunidade de participar de um evento do tipo "cabeça", promovido pela revista Carta Capital, com os principais economistas de nosso país - gente do calibre de Delfim Neto, Bresser Pereira, Guido Mantega e, sim, ele mesmo, Luiz Gonzaga Belluzzo!

Ele ainda não era presidente do Palmeiras, apesar de circular fortemente no meio futebolístico, como bravo opositor da múmia verde com nome de terrorista, o tiozão Mustafá! Sua eleição foi marcada pela esperança de novos ares pelos lados do Palestra. Nem o mais pagão dos cristãos imaginaria que nosso amável bom velhinho fosse revelar-se um pateta de primeira linha!

Coisas que só o futebol tem o dom de proporcionar! Na arquibancada, o doutor se confraterniza com o gari, abraçamos quem nunca vimos na vida e brigamos entre si como inimigos! E todos nós entendemos de futebol, somos PhD do esporte bretão. Contestamos escalações, táticas, jogadores (mas a grande maioria de nós não passa de uma cambada de pernas de pau, sedentários e pebas). Até aí tudo bem...

O grande problema é quando um dirigente do porte do Belluzzo resolve comportar-se como torcedor de barraquinha de pernil em porta de estádio, da turma do pingão, daqueles que brigam com o pai por causa do "parmera".

Ok, o time do Palmeiras pode protagonizar, conforme disse o Milton Neves, uma das maiores "paraguaiadas" do futebol, ao despencar rodada após rodada, fracasso após fracasso, e correr o risco iminente de ficar fora até da Libertadores. Tudo isso mexe muito com os nervos de todos - que o digam o Obina e o Mauricio.

Ameaçar o árbitro Carlos Eugênio Simon com pérolas do tipo "vigarista, que deve estar na gaveta de alguém" e "se eu trombar com ele na rua vou dar uns tapas nele" foi demais. Mas, quando pensamos que tal ato teria sido um momento de fúria isolado, o presidente novamente fez o papel de paspalho, na frente de todos.

Numa festa da Torcida Mancha Alvi-Verde (que ocorreu há uns dois meses atrás e só agora vazou na internet), Belluzzo sobe ao palco e brada "Vamos matar os bambi (sic)"! Violento ele, não? Primeiro quer estapear um, depois matar outro!

O pior de tudo foi que, ao ser questionado pela imprensa, o dirigente fez o que todo homem de bem não deve fazer: tentou justificar o injustificável. Somente após muita repercussão negativa - inclusive entre os amigos mais próximos - Belluzzo resolveu pedir desculpas publicamente.

Não vou perder mais tempo com este assunto, afinal, futebol supera toda a lógica e bom senso...Mas eu adoro tudo isso!





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