terça-feira, 22 de dezembro de 2009







Salve Pontes!


Vida de blogueiro não é fácil...Já estou até recebendo sugestões para meus futuros posts. O primeiro, veio de um grande colega da Prefeitura de Guarulhos, Luiz Carlos Pontes (ou apenas Pontes, para os íntimos).

Quem vê o cara debruçado atrás dos complicadíssimos processos de regularização de construção, licenças de funcionamento e outros filhotes amorfos da burocracia nossa de cada dia, parecido com o Flanders (vizinho dos Simpsons), não imagina que venha justamente dele a primeira contribuição entre meus leitores. Nada mais justo que publicá-lo:
Você sabe a função dos apóstrofos? Diz um vestibulando que são "aqueles amigos de Jesus que se juntaram numa jantinha, fotografada por Michelângelo".







Ética? Mas o que é isto mesmo?


A semana futebolística pré-Natal seguia seu caminho habitual, com a eleição do melhor do mundo (o craque-nanico Messi, com toda justiça!), o vai-vem de jogadores e técnicos e as peladas beneficentes com craques e ex-craques (e uma cambada de pagodeiros chupins que entram no vácuo).

Então, surgem dois fatos que ilustram muito claramente a atual situação do nosso futebol, mais precisamente de nossos boleiros. Coincidentemente, ambos envolvem o time do São Paulo, tido como o exemplo de gestão futebolística no país.

O primeiro, envolvendo Oscar, um garoto de 18 anos que sempre se destacou nas categorias de base, foi rotulado como o "futuro Kaká", mas, de verdade, nunca teve maiores chances para emplacar no time principal. Lembrando que ele tem apenas 18 anos!

Obviamente, seu "agente" não ficou nada satisfeito em ver seu atleta no banco de reservas (leia-se: com poucas chances de conseguir uma transferência milionária para algum time do exterior e conseguir uma boa comissão para o sanguessuga). E resolveu colocar na cabeça do jogador que o melhor a fazer era procurar a justiça e se desvincular do clube.

A justiça acatou o pedido do jogador, e, a priori, o mesmo não é mais atleta do São Paulo. Procurado pela imprensa, Oscar declarou que pretende dar um rumo na vida, pois agora é pai de família (casou-se no último final de semana) e precisa alçar voos mais altos...Volto a lembrar: 18 anos!

O jogador alega irregularidades no cumprimento de seu contrato de trabalho por parte do São Paulo, que o obrigou a emancipar-se (o que não é permitido pela FIFA). Mas, precisava chegar a este ponto, de romper litigiosamente com o clube que o revelou para o futebol?

Além de loiras, cordões de ouro, carros possantes e churrascada com pagode, o que a maioria dos jogadores brasileiros têm na cabeça? O São Paulo investiu no garoto, na sua formação (esportiva, educacional e de cidadão), paga salários em dia, tem uma das melhores estruturas intra e extra campo, e agora ele resolve se rebelar contra tudo isso? Sabe aquela música do Ultraje a Rigor, chamada "Rebelde sem Causa", que dizia assim:

"Não vai dar, assim não vai dar, como é que eu vou crescer sem ter com quem me revoltar? Não vai dar, assim não vai dar, para eu amadurecer sem ter com que me rebelar!"

Que trolha...

Tinha que ser argentino...rararara! 


O volante do Internacional, Pablo Guiñazu, mais conhecido como o "Genghis Khan dos Pampas", é um herói para a torcida colorado (até virou boneco, de gosto duvidoso, diga-se de passagem).

O argentino, de 31 anos, é considerado um dos mais raçudos jogadores da história do time, além de demonstrar boa técnica e lealdade, sem precisar apelar para chutes no vácuo com joelhada, nem pontapés na canela dos adversários. Evidentemente, todo grande time quer um jogador com este perfil, ainda mais quando vai disputar um torneio como a Libertadores da América, com a arbitragem toda hablando español e muita pegada dentro (e fora) de campo.

Agora, imagine a cena: o jogador assinou um documento, autorizando seu "agente" (novamente eles, ô praga dos infernos!!!) a negociá-lo com o São Paulo, obviamente sem o aval do seu clube, o Inter. Até aí, nada de muito anormal, tendo em vista que o contrato do jogador com o clube se encerra no dia 31 de dezembro.

Mas, um adendo muito importante muda todo o rumo da história: o documento (que está disponível no siste do jornal Lance! no endereço http://www.lance.com.br/infograficos/autorizacao-guinazu-info/) foi assinado na data de 01 de dezembro de 2009.

Na semana em que o documento foi assinado, que precedia a última rodada do Campeonato Brasileiro, o Inter ainda tinha chances reais de ser campeão e já estava virtualmente classificado para a Copa Libertadores de 2010, enquanto o São Paulo, apesar de ter um jogo fácil pela frente e ainda ter chances (remotas) de conquistar o título, corria o risco de nem classificar-se para a Libertadores.

Ou seja, o jogador, que poderia erguer a taça de campeão, já estava com a cabeça totalmente fora do clube, que até então havia valorizado muito seu passe (quando chegou ao Brasil, era um ilustre desconhecido), além de pagar salários em dia e elevá-lo à condição de ídolo.

Nos dois casos, o que falou mais alto foi justamente o dinheiro, não apenas as condições de trabalho, o reconhecimento pela torcida, o amor à camisa (aliás, o que é isto mesmo?).

Infelizmente, chegamos ao ponto em que torcer para nosso time de coração é como torcer para times de pebolim onde todos os jogadores não têm nome, são absolutamente iguais e só são distintos pela cor: verde x branco, amarelo x vermelho...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009








Imagine um filme que tenha no elenco nada menos que Jack Nicholson, Glenn Close, Pierce Brosnan, Annete Bening, Sarah Jessica Parker, Michael J. Fox, Danny De Vito, Natalie Portman, Jack Black, e, de lambuja, Tom Jones (uma espécie de Jerry Adriani dos States), no papel dele mesmo. Toda esta verdadeira "orquestra" conduzida pelo "maestro" Tim Burton.

E agora imagine este elenco planetário num filme de humor ácido, que faz paródia ao próprio "american way of life", à indústria armamentista, aos jogos de poder, à imprensa sensacionalista e aos cientistas, entre outros.

À primeira vista, o filme soa apenas como mais uma película de ficção científica tipo "B", como tantos outros que rechearam as telas dos cinemas e tvs nos anos 80 (o filme, importante dizer, é de 1996). Mas, com um pouco mais de atenção, verá que é o mesmo Tim Burton dos ótimos Edward Mãos de Tesoura, O Estranho Mundo de Jack, Batman, Os Fantasmas se Divertem e Big Fish.

Marte Ataca! é um daqueles filmes que ou você adora ou simplesmente detesta! Eu me enquadro na turma dos primeiros...Assista e veja onde você se enquadra...








Os meus cinco piores presentes de Natal:


1º) Disco do Padre Zezinho
Fato: Natal de 1988. Amigo-secreto. Fizemos uma caixinha e deixamos por dias na casa de minha avó, para que cada um pudesse colocar seu bilhetinho com o que desejava ganhar (quem disse que na família as pessoas se conhecem bem? rarara!)
Fui claro e conciso no meu pedido, queria um dos dois discos recém-saídos naquele ano: Go Back, do Titãs, ou Big Bang, dos Paralamas do Sucesso.
É chegada a hora da troca de presentes. Quem seria meu benfeitor? Meu amado tio Zezinho (um daqueles tios bem zen, na dele, educadíssimo, gente fina mesmo). Olho em suas mãos e vejo aquele formato quadrado e fininho, só podia ser um dos meus bolachões tão cobiçados.
Rasguei o embrulho com a empolgação juvenil que meus doze anos me conferiam! A capa azul não era familiar, nem a figura que nela habitava. Decepção. Raiva. Desapontamento.
O “presente”: um disco do Padre Zezinho! Que meu amado tio possa descansar em paz. Mas que ele saiba que a “obra” que ele me deixou como legado encabeçará esta maldita lista!

2º) Cortador de isopor
Fato: Certa vez, perto da época de Natal, eu e meus colegas de escola pública fomos visitar a fábrica de brinquedos Estrela. Tinha uns 10, 11 anos. Fomos apresentados à toda a linha de presentes, bonecos, jogos, carrinhos de controle remoto.
Ao final do passeio, cada um de nós recebeu um embrulho, sob a condição de só abrirmos quando chegarmos ao ônibus.
Os dez minutos que se sucederam foram, talvez, os mais longos da breve história de alguns de nós. Ao chegarmos na bumba, decepção: uma espécie de pistola, muito mal acabada, que nenhum de nós ousara adivinhar para que diabos iríamos usar aquilo.
Até que um de nós resolveu ler o que estava escrito na caixa: cortador de isopor. Se fosse cortador de pescoço, provavelmente teríamos arrancado o escalpe de pelo menos uns três professores...

3º) Sabonete Spree
Fato: Quem se lembra desta jóia da perfumaria vagabunda brasileira? Sabonete de limão, e, para completar, desodorante. Gambás costumavam se afastar de quem usava tal sabonete.

4º) Quebra-cabeça que vira pôster
Fato: Quem é o demente que acha que crianças saudáveis e boas da cabeça (ops, será que eu era assim?) gostam de ficar debruçados em cima de pecinhas minúsculas, praticamente idênticas, para junta-las uma a uma e, depois de semanas, ter um pôster de uma casinha de madeira, com um riozinho de águas límpidas passando ao lado e uma montanha com neve no topo atrás?
E o pior é que alguns pais sem-noção ainda mandavam enquadrar a “obra de arte” de seus rebentos e realizavam mini-exposições aos incautos parentes, ressaltando os dotes artísticos do pequeno palerma.

5º) Camiseta cor bege
Fato: A cor bege deveria ser banida para sempre da história têxtil mundial. E tem produtos que ainda dizem que o tal bege é a cor da pele...que falácia...

And The Oscar Goes To...Father Little Joseph







10 motivos para detestar retrospectivas de final de ano

Tenho que confessar algo, no apagar das luzes de 2009: desde a mais tenra idade, nunca deixo de assistir, nos últimos dias do ano, às manjadíssimas retrospectivas. São programas com basicamente o mesmo formato, alguns mais bem produzidos, outros meio toscos, alguns deles temáticos (tipo "músicas que marcaram dois mil e sei lá quando"), mas, na essência, a mesma porcaria.

Sei que é um prazer mórbido (assim como comer aquela gororoba gordurenta que inevitavelmente vai te fazer mal...), mas, mesmo assim, ano após ano, lá estou eu sentado em frente à televisão, praguejando e vibrando com coisas que eu já vibrara ou praguejara outrora.

Para completar o rebosteio, decidi (por mais contra-senso que possa parecer), enumerar dez motivos para você não perder seu tempo com estas baboseira. Quem sabe eu não me anime e dê um pé na bunda das retrospectivas...nem que seja somente por hoje..rararara!

1) Toda retrospectiva que preste tem uma boa parte de seu tempo dedicada às homenagens póstumas (um obituário, é verdade). Repare bem e faça comigo o teste: todo ano aparece a figura de um artista que estava meio esquecido do grande público, que você nem imaginava que ainda estivesse vivo, mortinho da silva na tela (para fica mais mórbido, ainda aparece uma legenda com o ano de nascimento e ano de morte...). Sinistro!

2) As trilhas sonoras. Ah, para muitos a alma de uma retrospectiva está nas canções que acompanham cada deja-vu. O problema é a falta de criatividade de quem escolhe as músicas. Momentos alegres? Que tal "Shiny Happy People, do REM"...Roberto Carlos é onipresente nas cenas de emoção...Ação? Steve Vai, Iron Maiden...Comoção com final feliz? Coldplay, claro! Pode ouvir e me contar depois...Lembre-se que já são anos de deserviço prestado acompanhados fielmente por este quem vos escreve...

3) Sempre haverá um prédio que desabou ou explodiu, uma grande enchente, um desabamento ou tragédia natural, que fará com que o narrador mude radicalmente o tom de voz. Você vai ficando com medo, com tristeza, deprimido...

4) Então,n ão mais que de repente, uma boa notícia: alguém que escapou de ser esmagado por um piano que caiu do 15º andar porque decidiu apanhar um papel de bala que caiu no chão, o cara que ficou cercado pelas águas da enxurrada e foi salvo se agarrando ao rabo de um rato! neste momento, é inevitável uma canção para gran finales: Yanni!

5) Sempre vai faltar algo que foi relevante para você e foi impiedosamente esquecido pela produção do programa. O momento é propício para uma pergunta capiciosa: quem diabos tem o poder de decidir o que de mais importante ocorreu no ano? Para mim, certamente, não foi a ascensão do tecnobrega paraense, nem a nova sensação do Hip Hop americano.

6) Que prazer é este que temos em recordarmos das coisas ruins que aconteceram no ano. Não é justamente o espírito de renovação, de paz e reconciliação que são difundidos nesta época?

7) Algum time brasileiro ganhará 1 minuto de exposição gratuita por ter ganho o Campeonato Brasileiro. Atletas paraolímpicos só ganharão destaque se conquistarem mais de 25 medalhas de ouro cada um.

8) Retrospectiva é algo chato por natureza. E previsível. Ops, não estamos falando do especial de Natal do Roberto Carlos, não confunda!
Quer um exemplo: Tirarei o blog do ar para sempre se as retrospectivas não abordarem os seguintes assuntos: Morte do Michael Jackson, morte da Leila Lopes, chuvas em São Paulo, escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas 2016, escândalos no governo do Distrito Federal, conquistas do César Cielo, o renascimento do Ronaldo Fenômeno...

9) Um ano tem 365 dias, em média. Cada dia tem 24 horas, o que nos leva a concluir que cada ano tem cerca de 8.760 horas. Um programa de retrospectiva “dos bons” dura cerca de 2 horas. Nem mesmo o mister M é capaz de conseguir condensar tanta coisa que acontece de interessante no mundo nestas 8.760 horas em duas horas (ah, e desconte deste tempo uns 15 minutos de comercial).

10) Aqueles assuntos que já estavam esquecidos nas reuniões de família, nas rodas de boteco e nas mesas de repartições públicas voltam totalmente repaginadas, prontas para serem difundidas, numa espécie de marketing viral ao vivo ou, se preferir um termo mais cult, num spam humano.


Vovó Mafalda? Não, Susan Boyle, que deverá figurar nas principais retrospectivas de 2009






A vingança do bom velhinho...Rarara!
































Dica verde: Restaurante Lagoa Tropical

Semana passada tive a oportunidade de almoçar num daqueles restaurantes difíceis de se achar, sobretudo em São Paulo: bem localizado, de ótima qualidade, e, o mais relevante, preços ótimos.

Uma colega já havia recomendado o restaurante. Nunca calhou de nós (eu e a Fer) irmos, mas, desta vez rolou. E quase quem saiu rolando do lugar, de tanto comer, fui eu!

Não espere luxo! O esquema é o bom e velho self-service, mas com a vantagem de preço fixo (gordinho sempre se ferra em restaurante por quilo...). Sabe quanto? R$14,00, com direito a servir-se à vontade de saladas, pratos quentes, pães caseiros, sopas, avançar indiscriminadamente nas (deliciosas) sobremesas, fartar-se dos sucos e chás e encerrar o banquete com um trago de banchá.

Mereceram minha atenção o capeletti ao sugo, com um leve e delicioso recheio de espinafre com ricota, além do molho para salada, muito bom mesmo, à base de tofú com mostarda. As saladas, bem apresentadas e fresquinhas, cumpriram sua parte.

As sobremesas, incluindo dois tipos de pavês (caramelo e maracujá, este último na medida para diabéticos, pois era feito com adoçante), um apetitoso sagú de groselha (com calda deliciosa, servida à parte), boa variedade de frutas e um surpreendente bolinho de chuva (!) fecharam com chave de ouro a honesta refeição. Há boas opções para veganos também.

Os pontos fracos: uma boa quantidade de pratos quentes disponível era ovolactovegetariana, sobretudo as tortas e quiches. Também ficaram devendo os pratos feitos com as chamadas "carnes vegetais" enlatadas (como o quibe, sem a menor graça...) e uns pasteizinhos bem sem-vergonhas recheados de mortadela de glúten (gosto muito artificial).

Mas, nada que comprometesse a bela refeição. Eu recomendo!

Lagoa Tropical Restaurante Vegetariano
Rua Borges Lagoa, 406 (cerca de duas quadras do metrô Santa Cruz) - Vila Mariana
Horário: Segunda a sexta, 11h30 às 15h; domingo até 16h; Fecha sábado.
Cartões: Visa, Mastercard, American Express, Dinners







Atalho para 2010

Estive pensando em postar uma mensagem de Ano Novo para as almas penadas que por um destes acidentes (ou pura falta de algo mais edificante e útil a fazer) resolveram ancorar neste porto inseguro que é o MH (Misturas Heterogêneas, pois todo blogueiro, assim como funcionário público, adora uma sigla...).

Para entrar no clima da minha recente vida de blogueiro, decidi que a mensagem deveria celebrar esta nova fase, longe dos padrões de cartões de Natal do tipo “10 por um réal”. Então, surgiu este texto sem a menor pretensão:

Atalhos

2009 praticamente já era...
É hora de darmos um F5 na nossa vida, é sempre bom, acredite
Para compreendermos melhor o que deu certo e o que deu errado, precisamos acessar F3
E nos mantermos conscientes de que não podemos simplesmente dar um Ctrl + Z em nossas ações
Mas podemos (e devemos) dar um Crtl + Home, um F4 para revermos nossos erros, e, definitivamente acessarmos o Shift + Del em nossos vícios e medos.
Todas as nossas vitórias e derrotas devem ser consideradas iguais dádivas, o importante é assimilarmos as lições e darmos um Alt + Seta para Direita.
Não devemos temer os momentos difíceis, nem deixarmos de pedir F1 aos amigos de verdade – são nestes momentos de dor e aflição que eles aparecem.
Quando pensamentos inúteis ou negativos insistirem em povoar nossa mente, não titubeie, ESC neles.
Dê um Ctrl + D e acesse a lembrança de quem você é...dos amores, dos prazeres, dos momentos de sucesso, de sua fé, sua esperança, sua bondade...
É chegado o momento de dar um Alt + F4 em 2009
E dar um Ctrl + ESC para 2010, com a eterna recordação de Deus e de quem somos de verdade, sem mágoas e máscaras...

(Marcus Paro)

As teclas de atalho usadas:

F5 – Atualizar página
F3 – Realiza pesquisa
Ctrl + Z – Desfaz última ação
Ctrl + Home – Vai para o início do documento
F4 – Exibir histórico
Shift + Del - Excluir um item ser armazená-lo na lixeira
Alt + Seta para a Direita – Avança para a Página seguinte
F1 – Ajuda
ESC – Interromper, Parar
Ctrl + D – Exibir Favoritos
Alt + F4 – Encerrar Programa
Ctrl + Esc - Iniciar

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009







Samba, suor e humor barato

Amo meu país! Ponto! Mas, justamente por amar esta pátria, sinto-me bem à vontade para dizer que nem tudo que vem com a etiqueta "made in Brazil" me comove ou me apaixona. Sem recorrer ao lugar-comum de reclamar dos políticos, da corrupção, da violência, da falta de educação, de ética, de cidadania, do egoísmo e tantas outras mazelas humanas, ainda existem milhares de "coisinhas brasileirinhas" que não me apetecem.

O samba é uma delas. O carnaval (intrinsecamente ligado ao primeiro) também não. O frevo me enfurece de raiva. Comida mineira me irrita. Churrasco me entristece. Propaganda de cerveja me deprime. Show de mulatas para gringos me envergonha. Ruas pintadas de tinta nas vésperas de Copa do Mundo fazem com que me sinta um idiota. Canções natalinas tocadas com cavaquinho despertam meus mais cruéis e viscerais instintos.

O humor brasileiro também me irrita. E como irrita! Mas por que tanto ódio neste coração? Porque humorista brasileiro ganha dinheiro e fama das seguintes maneiras:

a) Fazendo imitações (a maioria sem a menor graça) de personalidades, como Pelé, Silvio Santos, Padre Quevedo, Lula ou personagens de novelas globais. Vide "Casseta e Planeta" e "Programa do Tom".
b) Fazendo piadinhas que remetem ao período jurássico (igualzinho aquele tiozão que você tem, que no almoço de domingo, ao ver a sobremesa, pergunta se é pavê ou pracomê...). Os expoentes deste tipo de "humor" são os programas "A Praça é Nossa" e "Zorra Total".
c) Imitando "bichinhas".
d) Fazendo humor chulo, expondo as pessoas ao escárnio público, de preferência guarnecido de uma dúzia de bundas espremidas em mini-biquinis (tipo "Pânico")

Obviamente, exietem boas exceções, como o humor inteligente do CQC (composto sobretudo por gente de teatro, com formação em humor e liderados por um dos caras mais inteligentes e capazes da TV brasileira, o Marcelo Tas). Gosto também do Bruno Mazzeo (filho do Chico Anysio) e seu engraçado "Cilada". Dos "Normais" já gostei mais, acho que a fórmula está minguando um pouco depois que virou longa-metragem. E mesmo em programas que não são propriamente de humor, como o esportivo "Cartão Verde", somos brindados com pérolas do Xico Sá e do Doutor Sócrates.

Mas existe um tabu muito difícil de ser derrubado: o brasileiro, em geral, não gosta de humor que expõe suas mazelas, suas fraquezas, suas inapetências.

Quando o humorista norte-americano Robin Willians disse, há duas semanas atrás, no programa de entrevistas do David Lettermann, que o Brasil só ganhou o direito de sediar as Olímpíadas de 2016 porque "o Rio de Janeiro levou 50 strippers e 50 gramas de cocaína" para os eleitores, foi como se o dito-cujo tivesse declarado guerra à nossa pátria.

Uma brincadeira (de mau-gosto para alguns), que expôs ao mundo uma de nossos "calcanhares de Aquiles" (drogas e turismo sexual/ prostituição) não pode ser considerada apenas uma brincadeira?

Não, ao menos para alguns ufanistas e políticos aproveitadores de plantão. Eclodiram respostas muito mais agressivas que a própria piada. "Dor de corno", respondeu o prefeito do Rio de Janeiro. ONG's e entidades de direitos humanos manifestaram seu repúdio nos jornais e na TV. Virou motivo de debate nos programas de TV, no noticiário mundo-cão e nas rodas de boteco.

Piada de Woody Allen  (que eu adoro, à propósito): "Não posso ouvir Wagner que sinto vontade de invadir a Polônia". Uma piada dura, ainda mais se levarmos em consideração que quem contou foi um judeu!

Chris Rock (um dos mais famosos humoristas norte-americanos) faz piada com a própria vida em "Everybody Hates Chris", expondo mazelas como a pobreza e a questão racial (ele é o único negro numa escola de brancos, a Corleonne).

Eu sou gordinho, já faz alguns anos. Não tenho a menor vergonha de me auto-sacanear. Aliás, sacanagem de verdade seria eu achar que minha pança é igual à barriga sarada do Beckham. O Danilo Gentili fez um comparativo muito bem sacado no seu blog:

"O brasileiro é uma gorda de 300 kilos que odeia ouvir que é gorda. Ela faz um regime pra parar de ouvir isso? Não! Regime e exercicio dá muito trabalho. É mais fácil ir no shopping, comprar roupa de gente magra, vestir e depois acomodar a bunda na cadeira do McDonalds". E completa:

"Então é inevitável que mais hora menos hora alguém da multidão grite: "Volta pro circo!" ou "Minha nossa! É tão gorda que a Endoscopia dela vai ter que ser uma produção de Steven Spielberg!". Então a gorda chora. Se revolta. Faz manha. Ameaça. Processa. Porque, embora ela tentou se vestir como uma magra, no fundo a piada a fez lembrar que ela é mais gorda que a conta bancária do Bill Gates. A auto-estima dela tem a profundidade de um pires cheio de água".

Ô gente sem noção...Rararara!


Para o inferno com sua falta de graça...




 






A causa é mais que justa.

O portal Terra está fazendo uma promoção no seu novo canal de músicas. Funciona assim: eles convidaram 5 artistas para montar uma playlist, uma listinha das músicas que eles gostam e mais ouvem, e cada um escolheu uma ONG para receber o dinheiro do prêmio da playlist mais votada.

A rockeira gente-boa Pitty, que é gateira (assim como eu e a Fer, a mãe de todos meus gatos e minha alma gêmea) escolheu a ONG Adote um Gatinho, uma instituição séria, comprometida com a causa da proteção animal de verdade.

O artista com o maior numero de votos irá doar R$ 75 mil para a ONG escolhida e os seis seguintes R$ 30mil, R$ 25 mil, R$ 20 mil, R$ 15 mil e R$ 10 mil respectivamente.

Se ganharmos, levamos o prêmio máximo, e cá entre nós, este dinheiro ajudará muito, pois o abrigo da instituição precisa de umas reforminhas, além de permitir custear um grande multirão de castração em alguma favela de São Paulo, ajudando a conter a população de gatinhos abandonados.

Para votar é só entrar no link e votar quantas vezes quiser! Preparem seus dedinhos porque precisamos de muitos votos. Lembrem-se que vcs podem votar muitas vezes, não tem limite de vezes.


Conheça a Ong Adote Um Gatinho AUG: http://adoteumgatinho.uol.com.br/





Mais uma vez abro espaço no meu território sagrado (este blog, ora bolas!) para dois textos do sempre excelente Marcelo Coelho. Só um cara genial pode ser tão dicotômico a ponto de escrever textos longos, críticos, rebuscados, com embasamento histórico e filosófico na Folha de São Paulo e ao mesmo tempo crônicas do dia-a-dia, na linguagem simples e direta, como faz com seu alter-ego Voltaire de Souza, que povoou as páginas sanguinolentas do Notícias Populares (ou NP para os íntimos) e hoje é presença diária no jornal Agora.

Muito bom! Se eu tivesse prestado mais atenção às aulas do cara, não estaria aqui apenas babando ovo...Rarara!

SACOLA DA SORTE


Natal. Tempo de compras.
Elenice tinha uma loja de roupas no interior de Minas.
Como sempre nesta época do ano, a jovem se dirigiu ao Bom Retiro.
Atacadistas. Butiques. Ofertas.
-Isso tudo vai vender como água em Montes Claros.
O Corsa 93 estava abarrotado de sacolas.
Chuvas. Enchentes. Inundação.
O Corsa começou a boiar na Marginal.
Elenice abriu a porta. Água até o pescoço.
As sacolas de plástico se perdiam na enxurrada.
-Não é possível... é um pesadelo...
Um caminhoneiro ajudou Elenice a sair do sufoco.
Ela ainda teve tempo de pegar uma sacola no lamaçal.
Foi grande a surpresa quando Elenice abriu a sacola.
Não eram roupas de butique. Mas sim milhares de dólares.
Propina saída de um carro oficial encalhado ali perto.
Com o caminhoneiro Girardes, a jovem planeja o réveillon em Cancún.
No mar de lama, nem tudo o que está boiando merece nosso desprezo.

AQUARELA DO BRASIL


Escândalos abalam o país.
O dr. Correia tinha muito poder no Distrito Federal.
A televisão mostrara o político enchendo os bolsos com dinheiro vivo.
-Um momento. Posso dar explicações.
Ele tirou uma longa lista do bolso.
-O dinheiro é para uma série de doações de caridade.
Correia foi enumerando tudo com muito método.
-Trezentos mil para a Biblioteca Comunitária Mamãe Gansa.
Os repórteres ouviam atentamente.
-Quinhentos mil para plantar o Coqueiro que dá Coco.
Os olhos de Correia estavam estranhamente fixos.
-Um milhão para botar o Rei Congo no Congado.
A voz de Correia assumiu um ritmo mais animado.
-Quinhentos para o Quilombo do Mulato Inzoneiro.
Sons de batucada se ouviram ao longe. Já era a preparação de um desfile carnavalesco.
-O resto é para todo esse meu Brasil brasileiro.
Alguns políticos são como karaokê. Quando falta assunto, entra o samba-exaltação.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009






A foto que ilustra o logo desta nova seção do blog foi retirada de um blog bem engraçadinho (www.poutz.com/2009/02/arte-com-ovos.html). Vale a visita. Quem gosta de tosqueiras, como eu, vai se sentir em casa...














Jóias natalinas?

Artigo muito legal escrito pelo jornalista do Jornal Folha de São Paulo, Marcelo Coelho (pena que na maioria de suas aulas eu estava no boteco...rarara), em seu blog (http://marcelocoelho.folha.blog.uol.com.br/)


Panetone

Desde que me dou por gente ouço críticas ao consumismo natalino. “Não existe mais nenhum espírito cristão... é só comércio”, dizia minha mãe, por volta de 1965. A palavra “consumo” ainda não estava em voga.

Não tenho motivos, portanto, para reclamar da “descaracterização” do Natal. Mas tenho algo a dizer sobre a descaracterização do panetone. Aqui, sim, o fenômeno é grave, relativamente recente, e irreversível.

Não me refiro aos panetones do governador Arruda, cuja imaterialidade até o momento não deixa de trazer um apelo ao mínimo de fé e misticismo que ainda se aninha no coração humano. Falo dos panetones de verdade, os que se apalpam, cheiram e comem nesta época do ano.

Nunca foram a melhor coisa do Natal; quando criança, eu tampouco dava bola para amêndoas, castanhas e avelãs. O sabor de frutas cristalizadas talvez não seja o mais atraente ao paladar infantil: a beleza daqueles cubos de cidra verde, raros no meio de algumas passas amarelas e pretas, trazia à boca uma certa decepção escorregadia e saponácea.

A massa, pronta a ressecar-se, bastante queimada na parte da baixo, nada mais era, para mim, que a de um pão doce de padaria. O panetone, enfim, estava na categoria do sorvete de creme, do arroz-doce, do manjar branco, do doce de batata doce, do incompreensível sequilho, do chatíssimo biscoito amanteigado: coisas de velho, prazeres pálidos, católicos, parentes de papas e mingaus.

Só mais tarde comecei a gostar de panetones. A verdade é que melhoraram muito: a química progrediu, tornando-os mais perfumados e macios, com mais frutas, menos casca preta. Melhoraram. E depois entraram num processo de completo declínio. Declínio moral, faço questão de frisar. Ético, espiritual, deontológico.

A semente da corrupção começou quando foi inventado o chocotone. O consumidor, como bem sabem os fabricantes, não resiste a chocolate. Imagino que as vendas de panetone não andassem lá essas coisas. Era preciso conquistar novos mercados; as crianças, que nada encontravam de interessante nas frutas cristalizadas, foram seduzidas.

Os pingos (ou melhor, as “gotas”) de chocolate entraram na massa do panetone como os soldados gregos no cavalo de Troia. A praça foi então conquistada cruelmente.







Hoje me lembrei de um filme que assistimos (eu e a Fer) alguns meses atrás e resolvi usar este post para homenageá-lo. A película nada convencional (nem no estilo, na forma, tampouco na aparição entre os blockbusters) casou exatamente com o estilo de filme que eu gosto: intenso!

Feios, Sujos e Malvados é uma obra-prima do cinema italiano da década de 70, do cineasta Ettore Scola, premiado em Cannes, e que tem como principal motivo de ser visto a atuação impagável de Nino Manfredi, no papel do patriarca Giacinto.

Quem assistiu O Poderoso Chefão e Scarface vai notar muita semelhança entre Giacinto e os personagens interpretados por Al Pacino (até há uma certa semelhança física entre eles...), apesar da diferença no estilo entre os filmes.

A história, uma comédia social (ou seria uma tragicomédia?), é ambientada numa favela romana nos anos 70 e conta a saga de Giacinto, sua mulher e 10 filhos, mais os agregados, vivendo num barraco imundo, escuro e fétido. Todos (sem exceção) querem, à todo custo, roubar o dinheiro que o pai recebeu do seguro, por ter perdido o olho num acidente de trabalho.

O personagem principal nos causa vertigem, riso, ódio, compaixão, mas, acima de tudo, nos proporciona uma excelente jornada através da miséria humana, com sagacidade e acidez. É uma daquelas personagens que amamos ou odiamos, mas nunca podemos dizer que foi "mais ou menos".

Eu recomendo!


   






Não gostou do molho especial? Toma!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009








Uma das figuras mais respeitadas entre os vegetarianos no mundo todo é também um dos meus maiores ídolos: o figuraça do bem, sir Paul Mccartney.

Recentemente, o bravo Paul foi chamado a discursar no Parlamento britânico sobre temas ligados às mudanças climáticas, e, claro, o vegetarianismo. Com um discurso sempre inteligente e embasado em muito conhecimento e experiência pessoal, Paul defendeu uma redução no consumo de carne entre os britânicos, como forma de diminuir as emissões individuais de carbono.

Para tristeza deste escrevinhador, a grande maioria dos políticos recebeu o discurso com piadinhas, trocadilhos infames e até um convite para almoçar numa churrascaria. Nada que chegue a surpreender, num país que tem os piores hábitos alimentares entre todos os países europeus e assiste estarrecido a sua população atingir níveis de obesidade mórbida comparáveis aos norte-americanos.

Um país que possui uma das gastronomias mais inócuas de todo o mundo, com pratos "requintados", como o fish and chips (peixe frito e batata frita, super saudáveis...), o roastbeef e uma profusão de linguiças, embutidos e miúdos de carneiros, bois e vitelos. Tudo regado a muito álcool!

Um país que destruiu quase toda a sua vegetação nativa em nome da tal revolução industrial, que gasta milhões de libras anualmente para financiar guerras (como a do Afeganistão e do Iraque), que persegue e mata imigrantes, como o inocente Jean Charles e que exalta um sistema aristocrático e inerte como a monarquia, iria realmente se preocupar com questões ligadas à ética e à conservação do planeta?

Felizmente, nem todos os britânicos são assim! Vida longa aos britânicos do bem! Vida longa ao nosso Macca!!!






Entre as milhares de opções de guloseimas que faziam parte da minha infância - em mais um revival a la 80's - algumas eram bem legais (Chocolate Sensação, Toblerone, Balas Mastigáveis Kids, Lollo). Outras, meros lixos doces feitos para aniquilar uma geração de dentes saudáveis, como "sorvete quente", lanche do Fofão, dadinho, doces de abóbora, de batata doce e batata roxa, aqueles de banana (que vinham num copinho, com pazinha de madeira), "falso sorvete" (uma meleca feita à base de maria-mole, impávida no alto de uma casquinha murcha de sorvete, coberta por uns confeitos vagabundos e coloridos).

Tá! Até agora foi fácil puxar da memória, não? Agora, este outro produto, que fazia parte da lista dos "requintados" ficou muito pouco tempo à venda, por isso poucos incautos tiveram o prazer de prová-lo...

Seu nome? Magdalenas Heras Bareche. Mas, what fuck is that? Uma espécie de Ana Maria (aquele bolinho que tanto adorávamos e que hoje parece feito de estopa...), mas muito mais gostoso...Era importado da Espanha...

O comercial de TV era tentador, com imagens do produto recheado nos sabores morango, baunilha e chocolate...Te gusta morango? Si. Te gusta chocolate? Si. Te gusta baunilha? Si. E como te llamas? Magdalenas Heras Bareche!






Te gusta?







No último sábado tive a oportunidade de ver um baita show na TNT, a primeira noite do "Rock'n'Roll Hall Of Fame 2009", tradicional encontro anual que reúne grandes nomes da música para homenageá-los. Foi revigorante e ao mesmo tempo decepcionante!

Mereceram minha atenção:

-"Gimme Shelter", com U2, Mike Jagger e Fergie (uma grata e gata surpresa!)
- Stevie Wonder (com participação especial de Sting), na sensacional "Higher Ground" (e uma incidental "Roxanne" do Police).
- O próprio Sting interpretando "People Get Ready", do Rod Stewart. Linda balada!
- Simon & Garfunkel: espécie de Kleiton e Kledir norte-americanos, continuam afinadíssimos! "The Sounds os Silence", "The Boxer" e "Bridge Over Trouble Water" continuam maravilhosas canções interpretadas com muita emoção pelos caras!
- Jon Fogerty, Bruce Springsteen e E Street Band com a clássica "Fortunate Song" do Creedence. O Jon continua mandando bem no seu estilo folk-rock caipira americano!
- Sam Moore, o rei da soul music, com um petardo de fazer inveja ("I'm a Soul Man")

Mereceram meus pêsames:

- "Enter Sandman" do Metallica. É uma das músicas que mais marcaram minha adolescência. Tive oportunidade de vê-los tocando no auge da carreira, na turnê do "Black Album" e foi broxante ouvir a voz do James Hetfield - aquela voz rouca e gutural foi para as picas, parecia videoke do Metallica.

- Ozzy Osbourne. O primeiro álbum de heavy metal que eu ouvi foi o Volume 4, do Black Sabbath. Amei logo de cara! Depois comprei "Sabbath Bloddy Sabbath", "Black Sabbath", "Masters of Reality", "Paranoid", todos com o Ozzy à frente dos vocais. Ah, e ainda comprei "Diary of a Madman", "Bark at The Moon", "Just Say Ozzy", "Tribute to Randy Rhoads", "Live and Loud" e "No More Tears".
Resumindo: tenho certa autoridade para falar do comedor de morcegos...
Exatamente por isso eu me sinto à vontade de dizer que me embrulha o estômago ver o Ozzy, só o bico do corvo, a carcaça do capeta, o gorfo do urubu, pulando de um lado para o outro cantando (mal) as manjadíssimas "Paranoid" e "Iron Man", com o acompanhamento do Metallica a tiracolo.
Bem, podia ser pior...ele poderia ter cantado "Changes", agarrado à sua filha porcina. Eca!

Espero pela segunda noite...