quarta-feira, 4 de novembro de 2009








Alguém se lembra? 1996!

Quem gosta e acompanha futebol desde pirralho sabe que certos eventos ocorrerm mais ou menos ciclicamente, deixando em todos nós, barbados e fanáticos pela pelota, uma sensação de deja vu.

Que atire a primeira pedra o torcedor que nunca viu seu time tomar uma virada do maior rival, justo quando você resolve levar aquele seu sobrinho tapado pela primeira vez no estádio. Esta cena repetir-se-á por muitas vezes, sem que nós notemos, ou nos lembremos.

Como sabem, sou corinthiano, sofredor, daqueles de abraçar torcedor que nunca vi na vida para comemorar gol do timão. Confesso que ando desanimado para acompanhar os jogos em estádio, por uma conjunção de fatores: ingressos absurdamente exorbitantes (se levarmos em consideração a estrutura que é oferecida aos torcedores), flanelinhas usurpadores nas imediações do estádio, transporte público precário (tente ir de Guarulhos ao Morumbi sem carro...) e um pouco de enfado de minha parte, admito.

Este ano de 2009 começou perfeito, com o ressurgimento da Fênix Futebolística, o cara que fez com que eu, gordinho, me sentisse ainda mais bonito e bom de bola, o nosso Ronalducho. Mesmo quem não entende bulhufas do esporte bretão vibrou com seus gols, com seu carisma, seu renascimento.

Tudo parecia uma eterna lua-de-mel para nós, alvi-negros. Mas, o verdadeiro corintiano sabe que estes momentos sempre são sucedidos pelas desgraças, é cíclico, lembram?

Pois eis que chega o Brasileirão, e o coringão dá toda a pinta que iria fazer bonito, brigar de igual para igual com seus rivais, ser o grande campeão dos campeões (depois de ter vivido uma temporada nas trevas da segundona). Mas, faltando cinco rodadas para o fim, vejo o meu time de coração se arrastando no campeonato, que nem aqueles pançudos que resolvem correr a São Silvestre e demoram seis horas para cruzar a linha de chegada. 

Me lembrei de um ano muito parecido: 1995. Comandado pelo Eduardo Amorim (da última vez que ouvi falar dele, havia recebido proposta para treinar a seleção so Sri Lanka!) e com alguns jogadores renomados como Marcelinho Carioca, Viola, Silvinho, Souza, Marques, Tupãzinho, Henrique, Célio Silva e Ronaldo, o Corinthians ganhou a Copa do Brasil (em cima de um time gaúcho, o Grêmio) e o Campeonato Paulista. E mais nada!


Quase nada... Mesmo com um time de bosta, é sempre bom ganhar do São Paulo!

No Campeonato Brasileiro do mesmo ano - um dos mais fracos da história, se levarmos em consideração os times que chegaram às finais - o Corinthians passeou em campo, testou alguns jogadores perebas (alguém lembra do tal de Serginho, que até gol de bicicleta fez?) e ficou esperando a hora da Libertadores 1996 chegar.


Começa o ano de 1996 e para ajudar no sonho da Libertadores, o Corinthians trouxe o Edmundo (a segunda contratação mais bizarra que eu já presenciei, perdeu apenas para a do Paulo Nunes). Com todas as forças voltadas à conquista do torneio intercontinental, o timão tomou uma sova do Grêmio e não passou das quartas-de-final.

Edmundo foi embora, Marcelinho também, e, a todos nos corintianos sobrou o consolo, uma nave de bisonhos extraterrestres futebolísticos que pousou no Parque São Jorge: Gino, Ayupe, Mark Frank Willians (não é aquele tiozinho de cadeira de rodas que tem equipe de fórmula 1), Alexandre Lopes, Alcindo, Tiba, Caju, Alex Rossi, Glauber, Joel, VillaMayor, Marcus Alemão...faltaram só Moe, Larry e Joe...Até a camisa que o time jogava era uma merda!




Que tal momento funestro da história sirva de lição. Vai curintia!

Um comentário:

  1. É melhor (e mais fácil) trocar de time se quiser ser campeão...
    kkkkkkk
    Um bjo.
    Parabéns pelo blog! Não desista ...

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