sexta-feira, 28 de maio de 2010







Charm...Mas uatafuckisthat?

Estirado e moribundo no sofá de casa, vítima de uma gripe daquelas, sem nada melhor a fazer, resolvi dar uma espiada na TV (quarta-feira à tarde, TV aberta, se liga no cenário...). Pelo menos estava passando uma série que eu adoro - uma rara exceção, pois detesto quase todas...- !Everybody Hates Chris" (Todo Mundo Odeia o Chris).

Confesso que me divirto muito com as situações constrangedoras que acontecem com o Chris (na verdade, me identifico muito com ele, pois na adolescência eu era muito parecido com ele, muito azarado...), com a esquizofrenia do Greg, o humor-negro do Sr. Omar (trágico...), mas, como este post não é dedicado à série, melhor parar por aqui...

Um dos pontos fortes da série é justamente a trilha sonora, que vai desde pérolas da Black Music setentista (James Brown, Kool & The Gang) até os pops dos 80's, de bandas de "one-hit-only", como Wax, Bolshoi e Tommy Tutone. E é aí que começa o post - de verdade.

Um dos estilos musicais derivados da black music raiz é o charm. Quem? O charm, ora bolas! Mas, que porra é o Charm? Se você viveu os anos 80, duvido que não reconheça apenas um exemplar deste verdadeiro rebosteio em forma de acordes...

O Charm brasileiro teve nos anos 80 seus dois principais comensais da morte: as bandas Brylho ("na madrugada a vitrola rolando um blues...") e Placa Luminosa (parece nome de bordel em beira de estrada, ou nome de estádio de time da 5ª divisão). Infelizmente, a saga do Charm brasileiro seguiu até meados dos anos 90, com a dupla sorumbática Sampa Crew (um pirulão esquelético com voz grave e aparência de presidiário rebelado e um negão gordinho com voz de franga), que se apresentava nos esdrúxulos programas de auditório, em meio a gritos histéricos, mais fakes que seios de BBB's.

Mas foi lá fora que o negócio pegou para valer. Sobretudo entre a comunidade latina dos Eua, que abraçou de vez o ritmo  - aliás, que me desculpem os latinos (ops, eu também sou latino...), mas êta povo para gostar de droga! Rarara!

Na verdade, o Charm é tido como uma vertente "mais lenta" da batida funk, e, praticamente povoou as rádios mundiais na década de 80 (os locutores o rotulavam como "flash back").

Para quem acha que o Charm morreu, uma péssima notícia: a cada ano, surgem "charmers", cada vez mais piegas, cada vez mais chatos, cada vez mais diabólicos...Mas, ao menos para este quem vos escreve, o Charm volta para onde nunca deveria ter saído: as mais profundas catacumbas do inferno...Rarara!


Roger: o ícone da Charm Music, com um dos piores clips do mundo, com elementos típicos dos anos 80:
1) Ombreiras
2) Cores, muitas cores
3) Neon
4) Vozes "robotizadas" (sintetizadas) 

Veja esta outra banda Charmer: Color Me Badd (o vocalista parece o Padre Marcelo):





Que tal um Charm brazuca?

Placa Luminosa

Quer mais?

Sampa Crew (ou seria Sampa Crow??)

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